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domingo, 17 de março de 2013

Prática 003/2013 - Cromatografia de pigmentos vegetais em papel

Introdução
Cromatografia é um método de separação de misturas e identificação de seus componentes. Esta separação depende do comportamento dos analitos, parte da amostra que é o foco da análise química, entre uma fase móvel e uma fase estacionária. A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada pelas diferentes forças intermoleculares, incluindo as forças apolar, polar, iônica, bipolar, gravitacional e específicas interações de afinidade e solubilidade. 

Objetivo
Extrair e diferenciar diferentes pigmentos vegetais pela técnica de cromatografia em papel. 

Material
02 Folhas da herbácea Tradescantia



Figura 1: Folha da planta ornamental herbácea Tradescantia sp. (Malvaceae) utilizada para extração dos pigmentos vegetais (Foto: Alexsandro G. dos Santos e Márcio H. R. de Carvalho).

01 Almofariz e Pistilo
10 mL de Álcool Etílico Comercial (líquido)
10 mL de Solução de Acetona Comercial
02 Folhas de Papel de Filtro nº 102
02 Câmaras Cromatográficas (Frascos de vidro com tampa seladora)
01 Proveta de 50 mL (ou caneca de medida)
02 Placas de Petri (ou pires)
01 Tesoura
01 Cronômetro (de celular ou relógio).

Métodos
1) Depois de lavadas, uma das folhas de Tradescantia será colocada no almofariz e amassada com o auxílio do pistilo acrescentando-se, em pequenas quantidades, 10 mL de álcool etílico medidos com a proveta. Formando-se, então, um extrato foliar etanoico;

2) Logo após transferir o extrato para uma Placa de Petri;

3) Cortar o Papel de Filtro no tamanho 9 X 9 cm e dobrar ao meio colocado-o em posição vertical sob o conteúdo de extrato foliar etanólico, deixando-o por 5 minutos cronometrados;

4) Amassar a outra folha de Tradescantia com o pistilo no almofariz acrescentando, dessa vez, acrescentando-se 10 mL de solução de acetona em pequenas quantidades. Obteremos então um extrato foliar cetônico que será transferido para a outra câmara de cromatografia;

5) Repetir o processo do subitem 3 com o outro papel de filtro dobrado  com o extrato e aguardar os 5 minutos cronometrados.

6) Após os 5 minutos de espera, retirar o papel filtro do extrato foliar etanólico e colocar na posição invertida. Esperar uns minutos para secar e o papel colocado-os na Câmara Cromatográfica para serem aguardados mais 5 minutos.

7) Repetir os processos dos subitens 5 e 6 mas com o  extrato foliar cetônico no lugar do extrato foliar etanólico.

Resultados

Figura 2: Cromatografia em papel do extrato foliar etanólico (Foto: Alexsandro G. dos Santos e Márcio H. R. de Carvalho).



Figura 3: Cromatografia em papel do extrato foliar cetônico (Foto: Alexsandro G. dos Santos e Márcio H. R. de Carvalho).




Figura 4: Notou-se também, nesse experimento, a florescência da clorofila, que mesmo no ambiente externo da folha, continua a reagir a luz (Foto: Alexsandro G. dos Santos e Márcio H. R. de Carvalho).


Discussão
1) Relacione os diferentes pigmentos observados e suas respectivas colorações:
Padrão de Resposta (PR) - Antocianina - cor roxa; clorofila - cor verde; xantofila - cor amarela.

2) Obteve-se diferença nos perfis cromatográficos em relação ao solvente?
PR - Pelo experimento observo-se maior afinidade do solvente etanólico com a antocianina e do cetônico com a clorofila e xantofila.

3) Por que a clorofila emitia florescência mesmo após a extração com solvente? 
PR - Pela reação da mesma em excitação molecular aos fótons da luz natural do ambiente.

Referências bibliográficas
LACERDA, Guilherme Araújo. Manual de aulas práticas em biologia celular. Janaúba: UNIMONTES,   Faculdade de Zootecnia, 2013. 31f.

PRADO, Carlos Henrique B. de A.; CASALI, Carlos A. Fisiologia vegetal: práticas em relações hídricas, fotossíntese e nutrição mineral. Barueri, SP: Manoel, 2006.

RIBEIRO, Núbia Moura; NUNES, Carolina Rodeiro. Análises de pigmentos de pimentões por cromatografia em papel. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, N° 29, AGOSTO 2008. p.34-37.